terça-feira, 31 de dezembro de 2013

FRIENDS





Precisamente hoje, a melhor data para publicar um álbum de jazz com este título: "Friends".
Este post eu dedico a todos vocês meus amigos, pela saudade de tanta coisa que aconteceu e pela esperança de tantas outras que acontecerão.



Muito Jazz pra todos nós em 2014!








segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

"Um fragmento retirado tanto do passado quanto do futuro...


...é arrancado da continuidade do tempo; está fora do tempo; em outras palavras, está num estado de êxtase; em tal estado, não sabe de sua idade, nada de sua mulher, nada de seus filhos, nada de suas preocupações e, portanto, não tem medo, pois a fonte do medo está no futuro e quem se liberta do futuro nada tem a temer."


 
E chegamos ao final de mais um ano. Um ano cheio de desafios e mudanças, mas um bom ano.
Entre as coisas que marcaram meu ano estão livros, músicas, momentos, filmes. 
Muito eu já deixei aqui no blog mesmo, muito ainda terei a oportunidade de postar. 
E para terminar deixo uma reflexão sobre o tempo, feita por Milan Kundera em seu livro : 
"A Lentidão". Logo abaixo deixo a letra de Wave e a incorporação do vídeo.


Agora, trago mais citações maravilhosas de Milan Kundera...

“Quando as coisas acontecem rápido demais,
 ninguém pode ter certeza de nada, 
de coisa nenhuma, 
nem de si mesmo.”
 
 As “peças” humanas estão dispostas numa ordem imperceptível, aleatória, mas lógica e apenas os sentidos desbaratados pelos desafios emotivos proporcionados pelo jogo constante, calculado ou instintivo, que as personagens entre si ou dentro de si e contra si próprias disputam, as fará compreender e assimilar, ainda que casual e inconscientemente, a “matemática existencial”, feita de rectas e curvas e equações e adições e subtrações e muita, muita incerteza. 
“...pois (e é uma outra definição elementar bem conhecida na matemática existencial) cada possibilidade nova que tem existência, até a menos provável, transforma a existência inteira.”
“Quando as coisas acontecem rápido demais, ninguém pode ter certeza de nada, de coisa nenhuma, nem de si mesmo.
Quando evoquei a noite de Madame de T., lembrei a equação bem conhecida de um dos primeiros capítulos do manual da matemática existencial: o grau de velocidade é diretamente proporcional à intensidade do esquecimento. Dessa equação, podemos deduzir diversos corolários, este, por exemplo: nossa época se entrega ao demônio da velocidade e é por essa razão que se esquece tão facilmente de si mesma. Ou prefiro inverter essa afirmação e dizer: nossa época está obcecada pelo desejo do esquecimento e é para saciar esse desejo que se entrega ao demônio da velocidade; acelera o passo porque quer nos fazer compreender que não deseja mais ser lembrada; que está cansada de si mesma; enjoada de si mesma; que quer soprar a pequena chama trêmula da memória.”

 
 Milan Kundera





Wave

Tom Jobim

Vou te contar
Os olhos já não podem ver
Coisas que só o coração pode entender
Fundamental é mesmo o amor
É impossível ser feliz sozinho
O resto é mar
É tudo que não sei contar
São coisas lindas que eu tenho pra te dar
Vem de mansinho à brisa e me diz
É impossível ser feliz sozinho
Da primeira vez era a cidade
Da segunda, o cais e a eternidade
Agora eu já sei
Da onda que se ergueu no mar
E das estrelas que esquecemos de contar
O amor se deixa surpreender
Enquanto a noite vem nos envolver
Da primeira vez era a cidade
Da segunda, o cais e a eternidade
Agora eu já sei
Da onda que se ergueu no mar
E das estrelas que esquecemos de contar
O amor se deixa surpreender
Enquanto a noite vem nos envolver
Vou te contar


sábado, 14 de dezembro de 2013

"Momento Beach Boys com atraso de meio século"



  Hoje vou postar a reportagem que a Super Interessante fez sobre como vai modificando o perfil do consumidor. E a diz que no Brasil vive-se um momento Beach Boys com um atraso de meio século. Muito bom!
 
 
 
 
 
dezembro
2012
Comportamento

O fim da propriedade

Ter carro e casa é coisa do passado. A prioridade agora entre os jovens no mundo desenvolvido é a diversão. Veja como isso está mudando o mundo - e abrindo as portas para uma nova, e promissora, economia

por Edição: Alexandre Versignassi Reportagem: Maurício Horta
Na canção I Get Around, os Beach Boys iam de cidade em cidade, arrasando brotinhos a bordo de seu carango que nunca fora batido. Onde houvesse música jovem nos anos 60 e 70, lá estaria o carro, símbolo máximo de independência. Beatles com Drive My Car, Deep Purple com Highway Star. Mas algo mudou. Desde 1990, jovens de países desenvolvidos como Reino Unido, Alemanha e Japão têm dirigido cada vez menos. O fenômeno até ganhou um nome japonês - kuruma banare, ou desmotorização. Uma década depois, veio o impensável: o kuruma banare americano. De 2001 a 2009, os jovens dirigiram 23% menos, andaram 24% mais de bicicleta, 16% a pé e 40% de transporte público nos EUA. Mesmo aqueles com renda familiar acima de US$ 70 mil anuais dobraram seu gasto com transporte público de 2001 a 2009.

É verdade que a crise econômica global tem seu papel aí - sem grana, jovens deixam para depois o casamento, os filhos e o financiamento da casa própria. Em vez disso, alugam um apartamento perto do transporte público, do trabalho, das compras e da diversão - ou simplesmente ficam na casa dos pais e continuam a pegar o carro do velho, como faziam aos 18 anos. Talvez eles voltem ao subúrbio quando a economia melhorar. Ou talvez não. Isso porque, junto com a economia, as aspirações de consumo entre os jovens urbanos de classe média também mudaram.

"O automóvel passou a ser identificado como um produto antigo - afinal, seus avós e pais já tinham um carro na garagem", diz Adriana Marotti, professora da Faculdade de Economia e Administração da USP e pesquisadora de novas tecnologias na indústria automotiva. "Além disso, não tem o mesmo apelo tecnológico de smartphones e tablets, e é considerado vilão em questões ambientais." Isso, somado aos custos de propriedade do veículo - impostos, combustível, estacionamento - e à grande disponibilidade de transporte público, faz o automóvel perder o apelo para os jovens em países desenvolvidos.

Algo parecido acontece com a casa própria. Nos EUA, três em cada dez adultos entre 25 e 34 anos moram com os pais, o número mais alto desde a década de 1950, segundo um relatório do Pew Research Center. E isso é pouco perto do que acontece na Itália, onde um em cada quatro adultos entre 30 e 44 anos vive com a "mamma". Com o financiamento da faculdade, o salário inicial baixo no início de carreira e a vida de solteiro alargada, voltar para a casa dos pais depois da faculdade virou o caminho natural. Mesmo entre os que saem do ninho, o aluguel passa a ser mais atraente do que a casa própria. Novamente, a culpa não é apenas da crise econômica - o fenômeno, que pode ser observado em outros países desenvolvidos, começou já nos anos 80, embora tenha se acentuado depois de 2008.

E quais são os desejos dessa geração? Investir não em coisas, mas em si. O dinheiro que seria gasto com carro e casa é repartido em cursos (o principal motivo para americanos não saírem de casa é que estão pagando o financiamento da universidade), viagens (jovens fazem 190 milhões de viagens internacionais e, segundo a ONU, isso vai subir para 300 milhões em 2020), shows de música (de 1999 a 2009, a venda de ingressos nos EUA subiu de US$ 1,5 bilhão para US$ 4,6 bilhões), jantares, espetáculos bacanas, saltos de paraquedas... O jovem urbanita não precisa necessariamente de um carro para sair azarando, mas de um smartphone para saber onde se dará bem e de um táxi ou transporte público para chegar até lá. Voltemos ao pesadelo do carro. Se somarmos IPVA, seguro e depreciação de um carro popular, teremos algo por volta de R$ 6 mil em um ano - sem contar manutenção e combustível. Com esse dinheiro, dá para comprar uma passagem de ida e volta para a Alemanha (R$ 2 mil), cinco noites num hotel simples (R$ 500), ter fundos para comer e se divertir (R$ 1 mil) e, de quebra, mais dois dias de aluguel de um Porsche para dirigir sem limite de velocidade pelas Autobahnen (R$ 2 500). Agora, qual foto renderá mais "curtir" no Facebook - você lavando o carro 1.0 na frente de casa ou você ao volante do Porsche alugado? Pois é, o que conta na hora de compartilhar não é o "eu tenho", mas contar: "Vim, vi e vivi".

Para ter acesso às coisas sem precisar possuí-las, jovens começam a substituir a propriedade por serviços ou trocas. Isso deu espaço para um novo tipo de mercado, que teve seu embrião no fim da década de 1990, com o compartilhamento de músicas nos tempos do Napster, encontrou o meio ideal em meados dos anos 2000, com o Ebay e as redes sociais, e teve finalmente uma motivação econômica com a crise de 2008 - a economia do compartilhamento. Com a ajuda de sites e apps, é possível pegar emprestado desde uma serra tico-tico até um apartamento em Ipanema a preços módicos. O site Airbnb, por exemplo, permite que pessoas ofereçam para aluguel um imóvel durante a temporada em que não forem usá-lo - por exemplo, quando estiverem em férias. Fundada em 2008, a empresa já funciona com mais de 200 mil imóveis em 26 mil cidades de 192 países.

Camaro amarelo
O funkeiro paulista MC Danado não parece concordar. Para ele, "vida é ter um Hyundai". Já a dupla sertaneja universitária Munhoz e Mariano ficou doce igual caramelo tirando onda de Camaro amarelo comprado com a herança do véio. "Tá sobrando mulher", conclui a letra da dupla. A verdade é que, enquanto as economias avançadas veem o declínio da posse, em mercados emergentes como o brasileiro jovens recém-ascendidos à classe média estão dispostos a viver seu momento Beach Boys, com atraso de meio século. Eles acabam de ingressar no mercado de consumo e, pela primeira vez na vida deles e de sua família, podem comprar bens relativamente caros.
O resultado é que, com 405 mil emplacamentos, o Brasil superou o Japão em outubro de 2012 como o 3º maior mercado automobilístico do mundo, atrás de China e EUA. No top 10 estão ainda Rússia, Índia e Tailândia. É uma indústria que representa 22,5% da indústria brasileira e 5,2% do PIB, segundo a Associação Nacional de Fabricantes de Automotores. Não é então de espantar que uma das medidas do governo federal para evitar um impacto maior da crise no País tenha sido facilitar o crédito e diminuir o IPI. A economia brasileira é movida a quatro rodas, e brasileiros gostam disso. Com pouca disponibilidade e baixa qualidade do transporte público, o desejo de ter um carro se transforma em necessidade. Já em cidades onde o transporte público leva o passageiro rapidamente a muitos lugares, sem a dor de cabeça de enfrentar o trânsito e gastar com estacionamento, ele se torna uma alternativa mais atraente do que o carro. E com o dinheiro que sobra ao deixar de comprar um carro, pode-se gastar com outras aspirações: em vez de levar a moça de Camaro amarelo à lanchonete, ir com ela de metrô ao restaurante com estrela Michelin.

Uma nova economia
Tudo isso também representa um desafio para os países desenvolvidos. E que desafio: mudar as bases de suas economias. A indústria automobilística, por exemplo, sempre foi o pilar econômico da Alemanha, orgulhosa de seus Audis, Mercedes, BMWs, Porsches e Volkswagens. Com menos gente dirigindo, esse pilar pode acabar fraco demais para sustentar todo o resto. A construção de novas casas, apartamentos e prédios de escritório criou booms imobiliários nos EUA, no Japão, na Espanha. Booms que mais tarde dariam em bolhas, mas que mesmo assim foram fundamentais para enriquecer esses países. Com menos gente comprando casa na praia (e preferindo alugar imóveis que, obviamente, já estão construídos), e menos gente saindo da casa dos pais, a demanda por casas e prédios novos também diminui. A construção civil sofre. E mais um pilar tradicional das economias perde força. E agora?

Bom, talvez a resposta esteja embutida na própria crise da economia tradicional. Se algumas áreas definham, outras crescem e aparecem. É o caso dos "serviços conectados", como o do Airbnb. "Conectados" porque não teriam como existir sem a internet onipresente de hoje. O que esses serviços novos fazem é transformar essa onipresença em onipotência - o acesso à rede (e a posse de um cartão de crédito) já garante casa e carro prét-à-porter em qualquer grande centro. Mas o fato é que ainda há muito o que expandir nessa área. Muito a criar. E é nesse terreno fértil e ainda pouco explorado que podem estar os alicerces de uma nova economia.

MENOS É MAIS
A posse de bens diminui no exterior. E o dinheiro vai para restaurantes, viagens, shows...

MAIS É MENOS
No Brasil, a tendência ainda é gastar com carrões. E não sobrar muito para o resto.
com atraso de meio século. Eles acabam de ingressar no mercado de consumo e, pela primeira vez na vida deles e de sua família, podem comprar bens relativamente caros.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

"(...) sob o sol das nossas vidas, através da tempestade e depois da chuva...!"





"Palavras, sons, fala, homens, memória,
 pensamentos, medos e emoções - tempo -, 
tudo se relaciona... tudo vem de um lugar"
John Coltrane

"Que nunca se esqueça de que 
sob o sol de nossas vidas, 
através da tempestade e depois da chuva
é tudo com Deus - 
em todos os sentidos e para sempre."
John Coltrane




Hoje eu vou postar uma matéria publicada no site "http://www.ejazz.com.br/" e espero que gostem. Ela fala da vida, e toda a trajetória da carreira de John Coltrane.


John Coltrane (1926-1967)
> sax tenor, sax soprano, flauta


John Coltrane é o saxtenorista mais cultuado do jazz. Nascido em Hamlet, Carolina do Norte, e neto de um pastor evangélico, John William Coltrane cresceu em High Point e em New Jersey. Começou a carreira tocando em big bands, após a Segunda Guerra. De 1955 a 1960 fez parte do histórico quinteto-sexteto de Miles Davis, tendo participado de discos memoráveis como Cookin', Relaxin', Steamin', Workin', Milestones e Kind of Blue. Essa foi a sua primeira grande fase, musicalmente falando, embora tenha sido um período difícil em sua vida pessoal, devido a um vício em heroína adquirido no final dos anos 40. (Esse problema foi o motivo de Miles o demitir e recontratar duas vezes, em 1956 e 1957.) Enquanto estava com Davis, também fez várias gravações como sideman, e em 1957 fez sua primeira gravação como líder.
Em 1960, após deixar o conjunto de Miles, Coltrane iniciou uma nova fase, liderando um quarteto com McCoy Tyner ao piano, Jimmy Garrison ao contrabaixo e Elvin Jones à bateria, e iniciou uma ousada e inédita exploração do espaço sonoro jazzístico. Coltrane desenvolveu um estilo absolutamente próprio, onde predominavam as chamadas sheets of sound (folhas ou camadas de som), que se compunham de longas frases de notas rápidas tocadas em legato. Coltrane embarca numa redicalização da harmonia que o leva à beira do atonalidade. Também fragmenta e desconstrói os temas, deixando-os quase irreconhecíveis sob um congestionamento de frases torturadas. A produção do quarteto de Coltrane entre 1960 e 1965 é um marco na história do jazz, comparável ao quinteto de Miles. As várias, longuíssimas e impressionantes versões de Coltrane para My Favorite Things, valsa aparentemente banal de Rodgers e Hammerstein, são antológicas. Em 1965 o quarteto cria aquela que é unanimemente considerada sua obra-prima, a suíte em quatro movimentos A Love Supreme.
Embora vindo do hard bop, o Coltrane de 1955 a 1965 já podia ser considerado em certo sentido um precursor do free jazz. Porém em 1965 sua ligação com a vanguarda se torna ainda mais direta, quando se une a músicos free como o baterista Rashied Ali, os saxtenoristas Archie Shepp e Pharoah Sanders, entre outros. Sua mulher, a pianista Alice Coltrane, também o acompanha nessa nova, arrojada e curta fase. O disco Ascension é uma obra-prima desse período, já desvinculado da harmonia tonal. Bastante religioso, Coltrane imprimiu às suas obras de 1965-1967 um forte conteúdo religioso e místico. Morreu repentina e prematuramente, em 1967, aos 40 anos, de câncer no fígado. Após sua morte, uma grande quantidade de gravações inéditas foi sendo localizada e lançada, permitindo ao público avaliar melhor o quão monumental é sua obra.
Sobre Coltrane, escreve o crítico André Francis: "Não poucos medíocres julgaram poder imitar Coltrane. Ora, tocar como ele exige uma fé enorme. Coltrane era puro, generoso, gostava do mundo; seu rosto espelhava calma e franca formosura. Os que o imitam não passam de aproveitadores. (...) Em tudo a vida de John Coltrane é exemplar. Nenhum escândalo, nenhuma fraqueza, quase nenhuma anedota frívola: música, isso sim, acima de tudo. (...) Muitos há que tocam e agem como ele (...) Mas falta-lhes a mesma fé." Dificilmente se poderia acrescentar algo a tais palavras.

(V.A. Bezerra, 2001)

E por fim incorporo o vídeo do album Lush Life.


quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Maestria


Maestria


Segundo estes autores, a Maestria nada tem a ver com talentos ou dons. Eles mostram, que na verdade alcançar a Maestria está relacionado com esforço, perseverança, aperfeiçoamento e outros conceitos possíveis e ao alcance de todos.










Maestria é uma meta ou um fim?
 
É muito mais um processo, uma jornada.
 Nos inclinamos a achar que ela requer um bilhete especial, que só pode ser adquirido pelas pessoas nascidas com capacidades excepcionais.
Acontece, porém, que a maestria não está reservada aos superdotados e nem mesmo os que tiveram a sorte de começar cedo. Está ao alcance de quem quer que este ja disposto a entrar no caminho e permanecer nele – independentemente da idade, do sexo ou da experiência anterior.

Como chegar à Maestria?

Primeira Chave: Instrução 
Segunda Chave: Prática
Terceira Chave: Entrega
Quarta Chave: Intencionalidade
Quinta Chave: O Limiar
Finalmente, você terá que decidir se quer realmente gastar o
tempo e o esforço necessários para continuar no caminho. 
Se quiser,aqui estão cinco diretrizes que talvez ajudem. 
Embora estejamconcentradas na maestria, elas também se 
aplicam a qualquer mudança em sua vida. 
1 . Tome consciência do modo como funciona a homeostase.
2 . Esteja disposto a negociar com a sua resistência à mudança.
3 . Desenvolva um sistema de apoio.
4 . Siga uma prática regular.
5 . Dedique-se à aprendizagem a vida inteira.

Segue abaixo um vídeo com um resumo do livro de George Leonard

 


sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Noturno - Um espetáculo maravilhoso!

 

NOTURNO



Noturno é um espetáculo que trabalha artes cênicas, percepção, música, atuação e jogo de luzes com muita beleza e muita técnica.

Considero o espetáculo Noturno o mais completo que conheço na cidade de São Paulo.

Pra quem duvida, trago um "pedacinho" para vocês experimentarem no vídeo abaixo.

Espero que gostem!!!









Ray Lema, pianista nascido no Kongo

RAY LEMA

Músico, compositor, arranjador, cantor (França/RDC)






Ray Lema nasceu no país Kongo, no oeste da actual República Democrática do Congo. Aos 11 anos, ele entrou no seminário dos Padres Brancos. Ele queria se tornar um sacerdote. O destino decidiu de outra forma. Logo na chegada do seminário, as crianças passaram por testes de aptidão, e rapidamente se percebem as disposições naturais do jovem Lema para a música e um padre belga resolve colocar para estudar o órgão e o piano. Seus estudos no seminário foram portanto acompanhados de cantos gregorianos, Mozart e Chopin.
Ele tinha 14 anos quando o Congo Belga se tornou independente e tornou-se apenas o “Congo” de Patrice Lumumba, e em seguida, o “Zaire” do Mobutu. Ele deixou o seminário e, alguns anos depois , ingressou na Universidade de Kinshasa, onde estudou química.
Os pianos sendo coisa quasi inexistente no Zaïre, ele aprendeu então a tocar guitarra e descobriu os Beatles, Hendrix, Django Reinhard e os Jazzmen americanos. De repente, ele abandona os estudos de química e a univerdidade para integrar como guitarrista, a banda de um cantor famoso de Kinshasa, Gerard Kazembe. Ele, então, descobre as noites quentes de Kinshasa e encontra as grandes estrelas da música congolesa que na época fazia dançar toda a África (Tabu Ley Rochereau, Kabassele …).
Em 1974, Ray Lema foi nomeado Director Musical do Ballet Nacional do Zaïre com a missão de recrutar e dirigir os músicos tradicionais que deviam acompanhar os bailarinos do Ballet Nacional, representando assim a diversidade e riqueza do país. Essa experiência mudou sua vida e sua visão da música para sempre. Ele viajou no país inteiro em todas as direções, da Floresta Equatoria para o Kivu , do Baixo Congo para o Katanga atraversando as regiões do Kasai em busca dos Mestres de música do Congo. Ele descobriu a ciência e a magia das rodas rítmicas tradicionais e se tornou Mestre Tambor.
Em 1979, ao convite da Fundação Rockefeller, ele viajou para os EUA depois de um profundo desacordo com o Presidente Mobutu. Ele só voltou 32 anos depois para o Zaïre, que entre tempo que mudou seu nome para a República Democrática do Congo.
A viagem para os Estados Unidos marca também o início de uma brilliante carreira internacional. Ele finalmente se estabeleceu na França em 1982, onde ele mora desde então.
Interessado por todo tipo de estílo musical e precursor nos gêneros, Ray Lema tornou-se famoso no meio internacional da World Music desde os 80, que descobre então as Músicas Africanas. Ele realiza várias colaborações que enriquecem suas composições e seu universo musical: de Stewart Copeland (ex-baterista do Police) para as Vozes Búlgaras, dos Tyour Gnawa de Essaouira para a Orquestra de Câmara de Sundsvall na Suécia, com o cantor e compositor brasileiro Chico César ou ainda mais recentemente, como solista convidado da Orquestra Jazz Sinfônica de São Paulo no Brasil.
Esta busca incessante do Outro deu para o Ray Lema um perfil totalmente inclassificável. Ele já publicou cerca de vinte discos, todos diferentes uns dos outros, no entanto, marcado por uma linguagem musical muito pessoal, testemunhos dos encontros e do percurso deste viajante-músico e perpétua estudante, así como ele mesmo gosta de se apresentar.
Ele compõe regularmente para o Teatro e Cinema e já recebeu vários prêmios pela sua sua carreira (incluindo um “Django d’Or”).
A educação musical em África continua sendo para ele uma prioridade e, frequentemente, ele organiza oficinas com jovens músicos e produz artistas do seu continente.
No palco Ray Lema se apresenta em concerto de piano solo, em trio ou quinteto afro-jazz (formação de seu último disco, ” VSNP- Very Special New Production” – com Etienne Mbappe, Irving Acao, Nicolas Viccaro e Sylvain Gontard – lançado em janeiro de 2013), ou com a sua big band, a Saka Saka Orchestra, onde o afro-beat flirte com o blues e o rock a moda Kongo e com baladas carinhosas.
Sempre aberto para novos encontros, no Verão de 2013 ele se apresentará no “Festival du Bout du Monde” com a Orquestra Sinfônica da Universidade de Brest, com seu quinteto e um Big Band de metáis no “Festival d’Île de France” no outono, com um novo trio vocal junto ao Fredy Massamba e o Ballou Canta (acompanhados pelo guitarrista brasileiro Rodrigo Viana) para o final de 2013 e, em 2014, com projeto de composições inéditas junto ao quarteto de cordas “Déséquilibre” da cidade francesa de Marseille, dirigido pela violinista Agnes Pyka.




Faxineiro de dia, pianista de jazz a noite

 

Faxineiro de dia, pianista de jazz a noite







O faxineiro sul-africano Dan Msiza, 
de 68 anos, passa seus dias limpando a sujeira do campus da Universidade de Pretória, diante de estudantes que pouco desconfiam de suas verdadeiras habilidades.



Ele aprendeu sozinho a tocar jazz no piano aos 16 anos e chegou a ter uma promissora carreira profissional nos anos 70.
Msiza trabalha diariamente como faxineiro da Universidade de Pretória

O trabalho como pianista levou Msiza a excursionar pelo mundo como membro de uma banda de jazz.

Mas ele logo encontrou dificuldades em se manter como músico e foi obrigado a trocar o piano pela vassoura e o escovão.

Msiza vive com hoje com a mulher em um conjunto habitacional na periferia de Pretória e recebeu recentemente de presente um piano.

Mas a casa já é pequena para abrigar a família inteira, quanto mais um piano de cauda, que continua na loja.

Ele espera arrumar um espaço para o piano em seu bairro e com isso também dividir sua paixão musical comas crianças da região.






quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Segunda chance?





Como dar uma segunda chance para quem não teve se quer a primeira?

O tráfico oferece uma oportunidade ou uma armadilha para adolescentes e jovens que não tem uma oportunidade?



E nós? Vamos lutar para que eles tenham uma oportunidade ou vamos apenas ficar esperando o inevitável para pedir redução da maioridade, para pedir mais cadeia, mais fundação casa, mais pena, mais condenação?

Hoje, incorporei logo abaixo duas músicas do grupo "Ao Cubo".

Ao Cubo é um grupo de rap e música gospel, com origens em São Paulo, Brasil. Teve início em 2003 e continua ativo até hoje, lançando quatro álbuns.

Considero a música uma contribuição muito importante e este estilo musical canta a realidade, canta em protesto e Ao Cubo canta para transformar esta realidade, para conscientizar.

Logo abaixo de cada vídeo eu coloquei o link com as letras das músicas.



http://letras.mus.br/ao-cubo/119363/




http://letras.mus.br/ao-cubo/1589491/